terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dias difíceis

Com todo rigor e peso do título, enfrentei dias difíceis.

Ouvi dizer que os primeiros meses são os mais complicados, agora sou testemunha disso.

Muitas mulheres passam a gestação incólume, aproveitando a barriga e os cuidados dedicados a uma grávida.

Já eu, pelo menos nesses 3 meses ( e espero que só, porque tem que melhorar) podia mudar meu nome para Maria das Dores.

Antes de ontem mesmo eu não consegui dormi: sentia dores horríveis na lombar, nas costas e tinha a impressão que elas irradiavam pras pernas.

Não encontrava uma posição confortável e tudo estava começando a me irritar, até os cuidados que tinham comigo.
Eu simplesmente não aguentava mais tanto desconforto. Queria me segurar em alguém e chorar copiosamente.

Mas a única coisa que pedi foi que me levassem pro hospital. Não fui atendida. Disseram pra eu relaxar que isso era da gestação.
Tive massagem durante toda noite,o que não passou, mas aliviou a dor. De todo modo, essa noite me pareceu a mais longa do ano - não amanhecia nunca.

Logo cedo, vi que não tinha como aguentar sozinha - aquilo não podia ser normal,meu filho poderia está precisando de alguma coisa.

Fomos em busca do meu médico e, para minha sorte, lá estava ele cedinho no consultório.

Eu poderia ter ido em busca de uma urgência, mas eles ministrariam injetáveis pra aliviar a dor e eu não saberia a causa, nem tampouco seria informada sobre as condições do bebê.
Acho que fiz uma escolha plausível.

Nem precisei ficar na fila: informei do mal estar e fui encaminhada pro consultório.

Dr. Genésio, educado e atencioso como sempre, perguntou o que eu sentia. Contei, mas na agonia do momento, esqueci alguns detalhes (isso sempre acontece durante as minhas consultas e depois eu fico com raiva porque não lembrei. Tenho que começar a anotar).

Ele verificou todos os meus sinais vitais e perguntou pelos meus exames (aqueles de urina, HIV, ultra e tal). Informei que a ultra estava pendente porque só havia conseguido marcar pro dia 19/02. Ao que ele prontamente disse: "vamos fazer uma agora".

Fiquei nervosa. Eu não estava preparada pra ver o meu filho naquele dia, nosso encontro estava previsto pro dia 19, na sexta.
Mas se fazia necessário saber como ele estava. E lá fomos nós.

Deitei na maca e fiquei pensando: "será que ele vai conseguir ver o bebê?" "e se não tiver nada aqui dentro" "e se todos os testes deram errado por conta de alguma irregularidade no meu organismo?"

Ai, meu Deus!

Ele passou aquele gel na minha barriga e posicionou a máquina. Assim que ele a deslizou sob minha pele eu pude ver, ali na tela, bem pequenino, o meu bebê.

Ele mexia de um lado pro outro e o coração pulsava a mil. Eu não pude ouvir, mas via piscar. O médico me explicava cada detalhe e eu não desgrudava os olhos daquela tela: aquela imagem vai ficar guardada pra sempre em mim.

Dr. Genésio me disse que com o baby estava tudo bem e que as minhas dores deveriam ser o início de uma infecção urinária.

Fui medicada e melhorei, graças a Deus.

Essa noite já dormi melhor. Mas os meus enjôos não tem Dramin e Meclin que dê jeito.

Bom, espero que seja uma fase e que passe logo. Por enquanto, vamos segurando as pontas.

Já perdi 3 kg nessa de não querer comer e colocar pra fora quando insisto. Mas não posso ficar com fome, então é escolher o que dá pra descer melhor e ter fé que vai melhorar.

Na sexta tenho a ultra transvaginal, que vai me mostrar com precisão de quantas semanas estou e mais detalhes sobre o neném. Até lá, vamos controlar essa ansiedade.

E de lição, muita água, sempre. Agora ando com uma garrifinha do lado.

Hidratem-se!


3 comentários:

  1. Nossa no inicio n sofri muito com enjoos...eles foram bem leves...na verdade no inicio estava bem ativa e disposta. Agora no final que to mole.rs
    Beba água, muita mesmo, pq ajuda na questão de retenção de líquidos, previne estrias e o mais importante ajuda no desenvolvimento do baby. Beijos e melhoras...depois das 12 semanas tudo passa como um passe de mágica.rs

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  2. Ainda bem que vc foi no médico certo... tem uns profissionais que pouco se importam aff... não vejo a hora de sentir essa emoção ao ver meu futuro baby na ultra rsrs pena que ainda vai demorar :( Bjs

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