segunda-feira, 20 de junho de 2016

07 meses

Aí que eu entrei pro sétimo mês, início do 3 e último trimestre. E só em falar disso eu já fico nervosa.

Dizem que a ansiedade aumenta nesse período.  Imaginem pra quem, como eu, já sofre naturalmente disso.

Não tem sido fácil! Aliás, até aqui, esse é o momento mais complicado.

Os primeiros 3 meses posso definir naquele mal estar: enjoos, vômito, enxaqueca e tal.

Do 4 ao 6 eu já tive uma melhora significativa, muito embora nem todos os sintomas tenham desaparecido e outros tenham se manifestado.  Foi nesse espaço de tempo que eu curti mais a minha gestação: tive vontade de sair, me arrumar. Aquela disposição que agora sinto falta.

Esse início de 3 trimestre está sendo muito desconfortável. Mas pior que passar por isso, é saber que ainda pode piorar.

Dizem que agora nós ficamos mais pesadas, o corpo não aguenta mais tanta atividade e a nossa energia diminui drasticamente.

Eu confirmo.

Além da azia, que não me deixou, comecei a ter muitos gases. Como eu sofri no domingo! 

Juro que não vou falar um "ai" quando parir, porque essa dor de novo eu não quero sentir.

Passei o dia inteiro andando pela casa, de um lado pro outro (disseram que andar ajuda a liberar os gases). 

Era tanta dor que eu me curvava. Tentei falar com o médico e não consegui - doía o peito, as costas. Eu fiquei muito incomodada. E a minha ansiedade piorou tudo. Eu só pensava: Deus, me ajuda! Não vou aguentar.

Dava uma volta e sentava no colo de Mayco. Mas mesmo que ele me fizesse carinho, aquilo não estava bom. Eu não relaxava. Meus pés estavam doloridos de tanto andar.

Sentar, deitar - tudo era infinitamente horrível!

E tudo isso em pleno Dia dos Namorados!

Pela manhã descobri que podia tomar Luftal. Aleluia! Bendito seja! Eu melhorei.

E aí aproveitei pra sair e comprar o que faltava do enxoval.

Fui pro centro com uma amiga e essa aventura me deixou péssima. Eu passei muito mal!

Conselho: comprem tudo que precisa ser comprado até os 06 meses. Economizem! Poupem! Deixem o 3 trimestre para repouso.

Eu não aguentava mais caminhar, não tinha vontade de escolher mais nada. Era calor, fome, vontade de fazer xixi. Paralelo a isso batia uma fraqueza, parecia que eu ia cair a qualquer hora. Meus batimentos cardíacos aceleraram e eu pensei: vou cair aqui.

Pedi pra ir pra casa, mas chegar no carro foi uma tortura!

Em casa só deu tempo de chegar no banheiro: vômito, vômito e mais vômito.

Meu Deus do céu! Que sensação ruim.

Eu pedi desculpa pra minha filha por ser fraca, por fazê-la passar por isso. E pensar nela me estimulava a buscar o melhor, pensar positivo - iria passar. Passou.

Mas eu já disse pro marido: preciso de você nesse momento! 

Se até aqui podia me virar sozinha, dar um jeito em tudo, agora não.

Tem horas que a gente só quer colo. Um abraço, um carinho. Segurar a mão e ficar ali do lado já serve.

Continuo com azia, tomando Mylanta. Pra gases eu tenho usado Luftal a cada 06 horas. 

Fora isso, os enjoos voltaram. E agora eu já não tenho mais jeito pra dormir. Toda posição é desconfortável e me deixa com falta de ar. Eu vivo com sono. Não descanso, não durmo direito.

Tento a poltrona, a rede, a cama...nada da jeito! O que da mesmo é vontade de chorar.

É claro que tudo isso é natural da gestação, mas pode ou não ocorrer. Nem toda grávida vai manifestar esses sintomas. Por essa razão ngm deve pensar em desistir de ter um bebê por conta disso.

Se meu relato assusta, há muitos outros que estimulam.

Claro que toda minha sintomatologia é agravada pela minha depressão e crises de ansiedade, a qual eu já fazia tratamento há pouco mais de dois anos e tive que dar uma pausa pq os remédios poderiam prejudicar a neném.

Eu até tentei continuar com um remédio alternativo, mas ele não me fez bem. Apresentei um quadro pior. Não consegui me adaptar.

Então resolvi parar e me manter forte. Tenho tentado trabalhar minha mente. Faço terapia de suporte (mas isso eu já fazia mesmo) conto com as amigas, a família, Deus e comigo mesma.

Pensar no bem estar da minha filha é o que me motiva a superar. Ela não precisa passar pelo desconforto do que eu sinto. 

Falando nela, amanhã é dia de ultra 3d! Eu vou ver seu rostinho. Vou conhecer minha filha! E, tenho certeza, chorar horrores quando souber como é esse rostinho que mora aqui dentro. 

Agora as consultas passam a ser de 15 em 15 dias. Isso significa que na próxima semana já estarei no médico, levando essa ultra e outra remessa de exames (lembram daqueles do 1 trimestre? Temos que fazer tudo de novo).

Para além disso, ainda tenho que fazer um exame que me exige 8 horas em jejum pra tirar sangue. E depois tenho que tomar um copo de garapa e colher novamente. Eu não sei pra que serve, mas desconfio que seja pra ver o nível de açúcar no sangue, algum indicativo de diabetes gestacional. Não sei, mas vou saber quando entregar pro médico.

Amanhã vou saber como está Maysa - a posição, a saúde.

Um primo me disse que ela já está "virando", colocando-se na posição do parto (aquela de cabeça pra baixo) e por isso eu sinto tanta falta de ar,  pela pressão que essa virada exerce sob meu diafragma.

Doi tudo, inclusive a costa. Sentimos falta de ar, cólica.

Devo dizer também que os movimentos dela estão mega intensos. As vezes tenho a impressão de que ela está se embalando aqui: sacode tudo. É gostoso! Eu sei que ela está bem.

Ir ao banheiro é rotina sagrada: toda hora! As vezes em menos de 5 min eu vou duas, três vezes. Creiam! E pra quem acha que n é possível, eu digo: sempre tem xixi!

Agora eu não lembro de mais nada pra compartilhar. Mas só de escrever esse texto já me deu sono.

Volto com as novidades da ultra assim que conseguir me concentrar de novo pra escrever. 

Beijos e até mais!