segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Nomes e mais nomes

Gente, nunca pensei que uma das partes mais difíceis em ser mãe seria a escolha do nome do bebê.

Tudo bem, algumas pessoas podem considerar isso um exagero, tendo em vista outras peculiaridades. Mas eu tô falando no sentido mais amplo da palavra.

Escolher um nome para alguém é uma responsabilidade muito grande. Meu filho carregará esse nome pro resto da sua vida, é assim que ele será chamado: na escola, na faculdade, no trabalho e etc.

Quando penso em um nome,não penso só no que eu gosto, mas no quanto essa escolha influenciará na vida do meu bebê.

Detesto apelidos e codinomes! Se temos um nome é para sermos chamados por ele. Sou chata e ponto.

Sempre achei que teria um menino, mas essa história de está grávida e ter esse 6 sentido comigo não acontece - eu não faço a menor ideia do que seja.

Mas, como sempre pensei em menino, tenho nome pra ele - Théo.

E ainda tem gente que diz: "só Theo?" " Théo é diminutivo de que nome?" "Tem nomes mais bonitos" "Eu prefiro não sei que lá".

Eu não estou perguntando pra ninguém se o nome é feio ou bonito, a opinião é sua, guarde ela pra você. Quando você tiver um filho, ou mais, você escolhe o nome. Mas esse aqui é meu, escolho eu.

Fico com raiva de pessoas que não tem bom senso - uma coisa é você sugerir, outra é ser desagradável.

Eu, particularmente, sou incapaz de falar mal da escolha de alguém. Acho uma ofensa, uma tremenda falta de educação. Se não gosto de determinado nome, e solicitam minha opinião, eu digo: olha, tem tantos nomes. Eu gosto de fulano, fulano, e cicrano. Mas a escolha é sua.

Simples, não é? Mas o povo complica.

Bom, mas é preciso relaxar, Enquanto isso, vasculho nomes: pesquisei muito - por significado, por iniciais, pela origem (grego, italiano), nomes de personagens que admiro (de livros, séries), autores que gosto. Enfim, ainda não senti meus olhos brilharem e o meu coração dizer  é esse.

Temos tempo, vamos aguardar. Se eu só conseguir escolher quando nascer, não tem problema.

O enxoval será neutro, bege com dourado. Então não vai interferir em nada o sexo.

Quanto a curiosidade, não está aguçada. Eu amarei meu filho do mesmo jeito, sendo menino ou menina. =)


Então é isso. No próximo post falo sobre a tensão de buscar o resultado dos exames e de levar ao médico.


Beijos e até mais!








quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Eu e os 3 meses

Não é novidade nenhuma dizer que o primeiro trimestre é a parte mais difícil de uma gestação - é quando o nosso corpo está se adaptando as mudanças, todo o nosso organismo passa por uma grande transformação. Por esse motivo, é que sentimos tanto incômodo.

No meu caso, como escrito em uma postagem anterior, senti bastante coisa: enjôos, mal estar, sono, indisposição. Espinhas começaram a brotar em todos os cantos, vontade de comer zero.
Enfim, foram dias não muito bons, mas que graças a Deus e alguns remédios, eu superei.

Quer dizer, no caso do enjôo, não tem Meclin e Dramin que dê jeito. Continuo bastante nauseada, em especial de manhã cedo.

Mas melhorei do sono, da indisposição e já consigo comer com mais regularidade. Tenho a preocupação de me alimentar a cada duas horas. Faço lanches leves, em geral, frutas - melão, morango, banana, ameixa fresca (comecei a gostar agora).

Também tomo muito suco, em especial de acerola, abacaxi e maracujá.

No almoço como bem pouco, já prevenindo uma digestão demorada, que facilita o vômito. Mas, para compensar, vem os lanchinhos da tarde.
A noite procuro comer coisas leves. Janto umas 19h, como uma fruta às 21 e outra antes de dormir. Geralmente, uma maçã.

Vou entrar para 14 semana e já tem uma barriguinha saliente por aqui.

Comecei a sentir coceira nos seios, na barriga e no bumbum. Li que isso se deve ao fato da pele está esticando para receber o bebê, que agora começa a crescer em ritmo acelerado.

Mais tarde vou buscar o resultado da ultra e vou ter em mãos as primeiras fotos do meu filho.

Amanhã é dia de retornar ao médico com o resultado da primeira série de exames solicitados. Provavelmente, devo voltar com várias requisições em mãos.

Vou aproveitar pra tirar algumas dúvidas, como saber se já estou apta a fazer hidroginástica. As dores nas costas ja começaram por aqui. Sempre que passo muito tempo sentada, dói.

Ainda não me sinto a vontade para postar fotos nas redes sociais, mas muita gente pede pra ver a barriga. Então quem acompanha o blog terá acesso as imagens com mais facilidade. Hoje vou começar a mostrar a evolução do meu bebê mês a mês.

Por hoje é só, amanhã retorno com mais novidades. E boas, se Deus quiser. =)


* ps. a foto abaixo é dos 3 meses. Os dois primeiros eu não tinha nada, além da minha barriguinha normal mesmo. =)


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Os seus detalhes

Como venho falando em posts anteriores, minha ultra estava marcada para ontem, dia 19/02, que acabou por ser uma data duplamente especial: primeiro porque, coincidência ou destino, esse dia celebramos o aniversário do meu afilhado, que fez 06 anos. E em segundo, mas não menos especial, porque foi o dia do meu "primeiro encontro" com o bebê.

Mais que ansiosa, eu estava tensa. Muitos medos afloravam minha cabeça. Eu sentia uma angústia: aquele exame mostraria o meu filho, indicaria o seu desenvolvimento, e, até mesmo, sua saúde. Eu poderia ver seus movimentos, ouvir seu coraçãozinho. E se nada disso fosse possível? Tudo passa pela nossa cabeça.

Acordei bem cedo. Na verdade, eu não dormi. E cedinho lá estava eu, na clínica. E, cedinho, lá estavam elas, várias outras mamães.

Acreditem, enfrentaremos muitas filas pra exames e consultas, porque nesse momento, todas nós somos preferenciais.

Aguardei com toda tranquilidade quanto pude. Quando o médico anunciou meu nome eu levantei calmamente, como se aquilo fizesse parte da minha rotina há algum tempo.

Troquei de roupa, quer dizer, fiquei sem. Coloquei aquele avental e fui convidada a deitar na maca.

O médico, pela idade, me passou ter bastante experiência, E a paz que ele irradiava deixou meu coração mais leve. Eu estava, novamente, em boas mãos.

Ele avisou que primeiro faria uma pélvica e, em seguida, a trans. Tudo bem. Novamente senti aquele gelzinho sob a minha barriga.

É a primeira gravidez?, ele perguntou. Sim, eu respondi.

Assim que ele pôs a maquininha falou: você viu isso? Eu disse: o quê? Ele retrucou: o bebê deu uma cambalhota. E eu vi meu filho de cabeça pra baixo. Tive a impressão que ele sabia que o estávamos vendo. rs

Em seguida, me mostrou cada detalhe: suas mãozinhas, que ficavam pra cima e pra baixo, as pernas e joelhos. Os pezinhos, a coisa mais fofa do mundo. O cérebro, que já está todo formado. Abdómen, e, até mesmo, a bexiga cheia de xixi. ahahaha

Ele (chamo de ele porque me refiro ao bebê, não sei o sexo) se movimentava de um lado pro outro. E o médico me perguntou pra quem ele estava puxando assim, elétrico. Respondi que era pro pai, que adora jogar bola. rss

Depois, para minha emoção, o bebê fez um movimento que lembrou uma pessoa batendo palminhas. E nessa hora ele tirou uma foto e disse: tá vendo só, ele batendo palmas pra você?

Ai gente, eu me contive, mas o sorriso grudou nos meus lábios e a imagem na minha mente: eu jamais esquecerei essa cena.

Para minha felicidade e tranquilidade, fui informada de que estava tudo bem, tudo perfeito.

Meu filho está todo formadinho, se movimenta, tem um coração que pulsa acelerado, como um cavalo galopando (o barulho é bem parecido). rss

Saí de lá aliviada, grata a Deus por uma benção tão grande, e sabendo que o meu filho pesa 55 g e eu eu estou com 3 meses e 5 dias, exatamente como eu pensava.

E vamos lá, entrar para o segundo trimestre.




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dias difíceis

Com todo rigor e peso do título, enfrentei dias difíceis.

Ouvi dizer que os primeiros meses são os mais complicados, agora sou testemunha disso.

Muitas mulheres passam a gestação incólume, aproveitando a barriga e os cuidados dedicados a uma grávida.

Já eu, pelo menos nesses 3 meses ( e espero que só, porque tem que melhorar) podia mudar meu nome para Maria das Dores.

Antes de ontem mesmo eu não consegui dormi: sentia dores horríveis na lombar, nas costas e tinha a impressão que elas irradiavam pras pernas.

Não encontrava uma posição confortável e tudo estava começando a me irritar, até os cuidados que tinham comigo.
Eu simplesmente não aguentava mais tanto desconforto. Queria me segurar em alguém e chorar copiosamente.

Mas a única coisa que pedi foi que me levassem pro hospital. Não fui atendida. Disseram pra eu relaxar que isso era da gestação.
Tive massagem durante toda noite,o que não passou, mas aliviou a dor. De todo modo, essa noite me pareceu a mais longa do ano - não amanhecia nunca.

Logo cedo, vi que não tinha como aguentar sozinha - aquilo não podia ser normal,meu filho poderia está precisando de alguma coisa.

Fomos em busca do meu médico e, para minha sorte, lá estava ele cedinho no consultório.

Eu poderia ter ido em busca de uma urgência, mas eles ministrariam injetáveis pra aliviar a dor e eu não saberia a causa, nem tampouco seria informada sobre as condições do bebê.
Acho que fiz uma escolha plausível.

Nem precisei ficar na fila: informei do mal estar e fui encaminhada pro consultório.

Dr. Genésio, educado e atencioso como sempre, perguntou o que eu sentia. Contei, mas na agonia do momento, esqueci alguns detalhes (isso sempre acontece durante as minhas consultas e depois eu fico com raiva porque não lembrei. Tenho que começar a anotar).

Ele verificou todos os meus sinais vitais e perguntou pelos meus exames (aqueles de urina, HIV, ultra e tal). Informei que a ultra estava pendente porque só havia conseguido marcar pro dia 19/02. Ao que ele prontamente disse: "vamos fazer uma agora".

Fiquei nervosa. Eu não estava preparada pra ver o meu filho naquele dia, nosso encontro estava previsto pro dia 19, na sexta.
Mas se fazia necessário saber como ele estava. E lá fomos nós.

Deitei na maca e fiquei pensando: "será que ele vai conseguir ver o bebê?" "e se não tiver nada aqui dentro" "e se todos os testes deram errado por conta de alguma irregularidade no meu organismo?"

Ai, meu Deus!

Ele passou aquele gel na minha barriga e posicionou a máquina. Assim que ele a deslizou sob minha pele eu pude ver, ali na tela, bem pequenino, o meu bebê.

Ele mexia de um lado pro outro e o coração pulsava a mil. Eu não pude ouvir, mas via piscar. O médico me explicava cada detalhe e eu não desgrudava os olhos daquela tela: aquela imagem vai ficar guardada pra sempre em mim.

Dr. Genésio me disse que com o baby estava tudo bem e que as minhas dores deveriam ser o início de uma infecção urinária.

Fui medicada e melhorei, graças a Deus.

Essa noite já dormi melhor. Mas os meus enjôos não tem Dramin e Meclin que dê jeito.

Bom, espero que seja uma fase e que passe logo. Por enquanto, vamos segurando as pontas.

Já perdi 3 kg nessa de não querer comer e colocar pra fora quando insisto. Mas não posso ficar com fome, então é escolher o que dá pra descer melhor e ter fé que vai melhorar.

Na sexta tenho a ultra transvaginal, que vai me mostrar com precisão de quantas semanas estou e mais detalhes sobre o neném. Até lá, vamos controlar essa ansiedade.

E de lição, muita água, sempre. Agora ando com uma garrifinha do lado.

Hidratem-se!


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Para você que está chegando

Eu ainda não sei o seu nome, nem mesmo sei se é menino ou menina.

Mas sei que mora aqui, dentro de mim.

Durante nove meses serei o seu lar, seu abrigo, o seu lugar mais bonito.

É aqui que você vai crescer: seus olhos, que em pouco tempo me conhecerão, estão sendo formados dentro de mim. Assim como seus braços e pernas, cada um dos seus dedinhos.

Seus primeiros movimentos só eu poderei sentir.

Eu te carrego, eu te guardo comigo. Eu te protejo. eu te faço dormir.

E eu sei que você está bem a cada modificação que o espelho aponta no meu corpo: espinhas espalhadas pelo rosto, a barriga cada vez mais arredondada, os seios se preparando para tua chegada.

Meu organismo reage ao seu processo de desenvolvimento: você tem me transformado de fora pra dentro, de dentro pra fora. Eu já não sou mais a mesma.

Meus olhos, marcados pelo cansaço, conformam-se com qualquer roupa. O cabelo, enorme, antes solto e com ondas esvoaçantes, agora é preso no alto, em um coque apertado.

E eu não me sinto infeliz nem feia, porque sei que você está comigo. E você é maior que qualquer vaidade, porque hoje, é o meu tesouro mais lindo.

E por muitos anos eu te desejei: imaginei teu rostinho, cada detalhe do teu corpo, teu cabelo, teus olhos - seriam escuros ou claros?

Você aparecia nos meus sonhos. Eu te esperava. Eu te esperei.  E agora você está vindo.

Seremos uma família: eu, você, papai e Amy,

Do lado de fora, tem muita gente te esperando: seus avós, titias e titios, alguns primos, o papai e uma irmãzinha linda, super esperta, que vai me ajudar a cuidar de você.

Tem muito amor desse lado. Mas fica aí quietinho, na hora certa você vem pra cá.

E que essa hora seja abençoada: que você chegue para nós cheio de saúde e vida, iluminando nossos dias, dando mais uma razão para prosseguirmos com as batalhas do nosso dia-a-dia.


Beijos de amor,

Mamãe.





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Tô sem roupa, e agora?

Gente, o título já diz tudo - sem roupa total!

Eu poderia falar sobre uma série de outras coisas aqui (até que tenho bastante assunto pra dividir com vocês), mas é que hoje eu saí do sério com essa "ausência" de guarda-roupa.

Nunca tive problema com isso, quer dizer, pelo menos depois que eu me tornei independente. Sou daquelas que pra cada ocasião quero comprar uma roupa. E eu faço meu estilo, não tem essa de moda - se gostar uso, se não nem pego.

E também não sou de comprar peças caras, uso aquilo que gosto, independente de marca e/ou preço.

Odeio quem vem me falar de grife, principalmente quem "não tem um pau pra dar num gato", como diz minha vó.

Mas enfim, o fato é que com 2 meses e 2 semanas a minha barriga está grandinha (pra não dizer grande).

Muita gente está dizendo que são gêmeos.Não descarto a possibilidade - meu pai é gêmeo univitelino.

Mas espero que aqui só tenha um mesmo. Se forem dois, vamos respirar fundo e amar do mesmo jeito. =P

Voltando a falta de roupa, é bem isso: a barriga está crescendo e as calças já não fecham mais.

O grande problema é que em tempo de Zica somos estimuladas a usar calças e bom, minhas calças entram mas não fecham. Fica lindo andar com o zíper aberto,

Tenho usado saias e vestidos longos, mas aí mando pra lavar e demoro pra pegar de novo. Já peguei umas peças emprestadas de uma prima, capturei umas da minha irmã, mas mesmo assim, não há roupa que chegue.

O agravante é que as que ainda me servem me incomodam: eu quero andar a vontade, confortável. E tudo me aperta, gruda, estressa.

Não quero ser daquelas gestantes que andam largadas. Acho que da pra gente ser mamãe e continuar fashion, na linha. Mas é inevitável dizer que na falta a gente pega qualquer coisa e vai embora.

Sem contar que não da pra renovar o guarda-roupa por algo passageiro. Então venho comprando umas peças devagar, que eu possa usar durante toda gestação e que depois possa aproveitar pra fazer ginástica ou coisa assim. Claro que vai ter aquelas roupinhas que vou perder mesmo, mas essas são bem menos.

Hoje eu tive que parar numa loja e comprar calça, blusa, vestido, sutiã. E ufa, isso me deu um baita alívio. Me senti outra, assim renovada.

Usar minhas roupas antigas é como vestir uma roupa de outra pessoa que não me serve.

Então a meta é comprar peças básicas, que me deixem a vontade e que eu possa usar toda gestação.

Para eventos mais requintados a gente compra uma coisa melhorzinha. Mas acho que isso não é pra agora, já que ando MUITO indisposta. Mas isso é assunto pra outra postagem.

Beijos pra vocês e mais roupas pra mim!





quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

As cobranças do pré natal

Até que não descobri a gravidez muito tarde. Ouço muita gente dizer que veio saber com 3 meses e tal. Eu percebi com apenas um.

E aí você sabe, a gente descobre o resultado e começam as cobranças. No meu caso, muito mais por parte da minha mãe. "já marcou a consulta?" "menina, tá na hora de começar esse pré natal" "e a ultra, vai marcar pra quando?".

Odeio pressão. Qualquer forma de pressão. Mas entendo a preocupação de quem cobra.

Eu já me pressiono muito. Pode até não transparecer pra outras pessoas, mas eu me cobro, demasiadamente.

Quando soube dessa gestação me vieram muitas interrogações, medos, inseguranças. Eu precisava, desesperadamente, de alguém para me acalmar.

A gente sabe que nada nessa vida é certo, que por mais que queiramos acreditar no pra sempre, não é bem assim. Mas é verdade que essa ideia romântica nos tranquiliza.Tranquiliza porque pensamos em coisas boas quando planejamos o futuro de forma agradável. Nos tranquiliza porque pensar positivo deixa nosso coraçãozinho em paz. E eu sou uma pessoa que vive com o pensamento acelerado, pensando lá na frente. Se você me disser que vai construir uma casa, eu já imagino ela pintada, cercada, com 10 filhos lá dentro e um cachorro. E penso também que é bem perigoso morar em casa, que quando o marido viajar você vai ficar sozinha. Enfim, foi só uma metáfora fraca.

A gente se pergunta se vai dar conta: se o nosso organismo vai aguentar guardar um bebezinho; se o nosso casamento vai durar; se o pai será um pai presente ou vai cair fora quando cansar; se a ideia de família que temos vai se consolidar; se seremos boas mães; se saberemos administrar o trabalho, os cuidados com o bebê; se conseguiremos dormir, se temos alguma doença que pode passar pro nosso filho, se o parto vai dar certo ou ter uma complicação, se o neném está saudável.

As inquietações perturbam a nossa mente. E as cobranças afloram os nossos nervos, porque já estamos pressionadas o bastante.

Tudo que queremos é alguém para nos abraçar e confortar. Alguém pra dizer "eu tô aqui, não vou te deixar". Porque embora mágico, não é fácil descobrir que seremos mães. A responsabilidade grita.

Marquei, depois de algum tempo (precisei deixar a ficha cair um pouco mais) a primeira consulta pra dar início ao pré natal. Antes disso, conversei com algumas amigas que são mães e pedi indicações de médicos obstetras. Assim eu me sentiria mais segura. Tive muitas indicações, mas para minha infelicidade, meu plano não aceitava em nenhum desses lugares.

Pra minha sorte, o pai de uma grande amiga é médico obstetra, ele já não atua mais na area, mas me recomendou um amigo. Ótimo, estou em boas mãos.

Agendei a consulta e fui.

Criei bastante expectativa de como seria, pensei até que sairia uma possível ultra. Mas foi bem prático: eu disse a data minha última red, calculamos que eu estaria com 9 semanas, informei sobre o que sentia, disse que era meu primeiro filho, comentei sobre um pequeno sangramento, ele auferiu minha pressão, examinou, prescreveu alguns remédios (vitaminas, medicamentos para dor e enjôo) e solicitou váaaaaarios exames.

Voltei com as mãos cheias de requisições.
Ah, e gostei do médico. Super tranquilo, educado e tal. =)

Com  as requisições em mãos fui autorizar os exames. E como tudo que é pelo plano, consegui marcar a ultra só pro dia 19. Isso mesmo, vou esperar mais de 15 dias.

Confesso que antes eu não estava ansiosa com esse exame. Mas agora sim. Me preocupo em saber como está meu filho. Quero saber se dentro das semanas quantificadas ele está indo bem, se o coração já bate normalmente, se já tem as maõzinhas e pés se formando. Eu quero saber se ele está seguro, saudável e do que precisa pra ficar melhor.

Começo a entender as preocupações de mãe. Não que antes eu não entendesse, porque muito embora não fosse mãe, sempre compreendi as renúncias e preocupações. Mas sentir tudo isso é bem diferente, é muito mais pesado, PORQUE NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS POR ISSO.

Enfim, além da requisição da ultra, também fiz urocultura e colhi sangue para diversos tipos de exames, inclusive HIV. Isso nos deixa tensas, não é? A gente nunca imagina que vai precisa fazer um exame desse. Nunca fui buscar o resultado, mas por medo, confesso, que por outra coisa. Impossível para qualquer ser humano não se intimidar com esse tipo de exame.

Como os outros resultados só saem dia 11, tô deixando pra buscar tudo junto. A ultra, marcada pro dia 19, tem me deixado ansiosa. Isso significa que só vou retornar ao médico, com todos os exames em mãos, depois do dia 20.

Até lá estarei apreensiva, isso é inevitável. Mas oro pra que Deus me abençoe, pra que eu me acalme e pra que corra tudo bem, por quanto mais o tempo passa, mais vai crescendo o sentimento que me liga ao meu filho.

Nesse exato momento, isso é indescritível.

Beijos e até a próxima.






segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Gravidez x Zica

Este é o confronto mais falado ultimamente: Gravidez x Zica.

Blogs, jornais, revistas, rádios, tv e os mais diversos canais de comunicação alertam a sociedade sobre o perigo do vírus, em especial para nós, gestantes.

Eu não compartilho da ideia de que informação nunca é demais. Acho que tudo em excesso, estraga.
Precisamos saber, sim. Precisamos estar informados. Precisamos conhecer a nossa realidade. Mas não podemos enlouquecer com isso.

Pesquiso sobre o assunto, mas tenho cuidado com as fontes. Busco conversar com pessoas que podem me falar a respeito com precisão. Sigo as recomendações médicas. E me preocupo, me preocupo muito. E dessa preocupação vem a minha irritabilidade com pessoas que falam disso toda hora.

Nunca estive grávida antes, mas sabia que encontraria uma alteração hormonal quando isso acontecesse. Mais que durante a nossa TPM, nosso nervos afloram. Então responder sobre o Zica todos os dias me irrita, me incomoda, porque eu já penso nisso 24h por dia e o que preciso é de alguém para dizer que vai dar tudo certo.

Pensar nos riscos que o vírus carrega para as gestantes me tira a paz. E isso fica bastante acentuado quando as pessoas que sabem que estou grávida dizem: "mas e a zica?" "porque não deixou pra engravidar depois?".

Realmente, eu deveria ter calculado. A reportagem que passou ontem, na Globo, deveria ter passado antes. Lá o especialista dizia: a partir de maio os mosquitos darão uma baixa, então a mulher pode engravidar com mais tranquilidade nesse período.

Para quem pretende engravidar essa é uma boa notícia. Mas e quanto a nós, que já estamos grávidas? 

Não fomos informadas sobre o grau de periculosidade do vírus para gestantes antes de engravidarmos. Os canais de comunicação não falavam do vírus como como uma possível pandemia, como um perigo as futuras mamães.

O Governo esperou o país ficar doente. Foram necessárias centenas, se não milhares, de crianças nascerem com microcefalia ou qualquer das sequelas causadas pelo Zica, pra que pudesse entrar no ar uma campanha de conscientização, um pedido de prevenção.

É tarde! O que devemos gritar agora é um PEDIDO DE SOCORRO!

A prevenção é algo que vem antes. Pulamos essa etapa. Como nos jogos de video game, estamos na fase do "remediar".

Hoje, precisamos sair de casa de calça e manga comprida. Precisamos retocar o repelente a cada 02 horas, no máximo. Evitamos shorts e vestidos curtos. Sentimos calor, mas pensamos nos nossos filhos. Usamos um repelente por semana. Dormimos tensas. Desenvolvemos uma visão raio-x para mosquitos: de longe vejo uma muriçoca, uma mosca.
Não usamos mais perfumes. Abrimos mão dos hidratantes. O cheiro atrai. 
Evitamos lugares de risco. Deixamos de viajar. 
Não temos escolha - todos esses cuidados refletirão na saúde dos nossos filhos.

Mas não podemos perder a paz, o juízo, a saúde e a alegria de viver uma gestação.
Vamos nos prevenir, proteger - vamos nos cuidar.
Vamos pedir que Deus nos abençoe. 
Vamos cobrar vacinas, remédios e ações eficientes do governo.
Vamos fazer a nossa parte, é assim que se constitui o todo.