quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Os sintomas

Segundo meus cálculos, devo está entrando para nona semana. Se eu estiver errada, é coisa de pouquíssimo tempo. Então eu devo está com 2 meses e alguns dias.

Sendo que desses dois meses, um passou completamente despercebido, embora alguns sintomas tenham se mostrado - não fui esperta o suficiente. Ao contrário disso, abusei das praias, passeios e repelente que é bom, nada. Deus seja louvado por nada ter me acontecido enquanto eu não me precavia!

Até aqui, posso resumir meus sintomas em:

1- Enjôos, principalmente na parte da manhã - em geral, não consigo segurar o café e tenho uma breve melhora depois do almoço, mas passo boa parte do dia com aquele mal estar, com a impressão de que a qualquer instante vou precisar correr pro banheiro. Não é uma sensação legal. Mas já tenho medicamento prescrito. Vamos cuidar!

2- Prisão de ventre - eu nunca havia sofrido disso. Era regular, normal. Agora passo de 3 a 4 dias sem ir ao banheiro e, quando enfim consigo, é um sofrimento.
Ouvi dizer que o ácido fólico prende. O jeito foi tentar melhorar isso com alimentação. Tenho comido muitas frutas. Graças a Deus ainda não abusei nenhuma delas (determinados tipos de comida eu não gosto nem de ouvir falar).

3- Seios doloridos - isso me acompanha desde o começo. Tem dias que não sinto nada e há outros dias que eles estão extremamente sensíveis, como hoje.
Falando em hoje, ainda pouco percebi que eles estavam descascando. Sabe quando a gente pega sol e começa a largar aquela pelezinha? Tipo isso ao redor da auréola. Também percebi que começaram a formar bolinhas brancas no bico. São pontinhos, não sei dizer o que parecem. Talvez uma boa metáfora fosse o chuveiro: o bico do seio seria o chuveiro e as bolinhas brancas os furinhos de onde sai a água. Mas não, nada ainda de colostro.

4- Espinhas - esse sintoma é bem recente. Há 3 dias venho notando a proliferação dessas coisinhas na minha pele. Há muito tempo eu não sabia o que era isso. Não sofri desse mal na adolescência. Na verdade, em momento algum. Uma ou outra aparecia durante minha TPM, mas nada gritante.
Parece que agora elas vão incomodar.

5- Cólicas - essa me persegue desde os primeiros dias. E, para minha tristeza, soube que vou senti-la a gestação inteira, de diversas formas e intensidade. Mas tudo bem, temos remédio pra isso.

6- Enxaqueca - há uma semana comecei com essas crises de dor de cabeça. Diferente dos outros sintomas, eu já sentia antes mesmo de está grávida. Sempre andei com vários comprimidos na bolsa porque em qualquer ameaça eu já tomava um. Detesto sentir dor!
Fui informada que essas dores de cabeça são normais nesse período da gestação. Remédio nela!

7- Cãibras - venho sentido ameaça dessa dor, mas ainda não foi consolidada (vamos glorificar de pé).
Também soube que é absolutamente normal esse tipo de fadiga muscular na gestação. Podemos evitar ´praticando algumas atividades físicas. Mas caso elas ocorram, devemos massagear o local para que o sangue circule. Uma boa pedida pro maridão trabalhar, né? Então já sabe: sentiu cãibra, chama o marido.

8- Sono - não posso dizer que tenho um sono excessivo, que encosto a cabeça por aí e já estou dormindo. Mas afirmo, com toda precisão do mundo, que cada dia eu tenho mais sono. É como se fosse uma conta proporcional: aumenta o tempo de gestação, aumenta o sono.

9- Indisposição - não tenho conseguido me concentrar nas minhas atividades de rotina, inclusive no trabalho. A maior parte do tempo estou dispersa. É como se a coisa mais simples do mundo me cansasse. Mas passa. Não fico o dia todo de bobeira. Tem hora que a gente quer ser útil e pronto. A gente consegue. Daí cansa de novo. E por aí vai.

Em geral, isso é tudo que tem se apresentado em mim nesse pouco tempo de gravidez. Algumas mamães vão se identificar com esses sintomas, outras com metade deles e algumas com nenhum.
 Isso varia de mulher pra mulher, de um organismo pro outro. Nenhum sintoma é regra.

O único ponto que sempre será em comum em todas nós é o fato de carregarmos dentro da gente um outro pedaço de nós mesmas.

E esse é um assunto que vamos conversar nas próximas postagens.

Mas, enquanto isso, me conta aqui: Como você tem se sentido? Já é mamãe? Está grávida? É tentante?

Vamos compartilhar esses momentos. Há muitas mulheres que buscam sobre isso todos os dias nos mais diversos canais de comunicação. Essas mulheres buscam se enxergar nas postagens. Elas procuram relatos parecidos. Elas querem apoio. Elas precisam de atenção. Eu fui uma delas. E por isso estou aqui.

Até a próxima. =)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A descoberta

Organizada que sou, tinha um calendário menstrual no celular, o famoso Clue - ótimo por sinal - era por meio dele que eu acompanhava meu fluxo, dias férteis e etc e tal.

Segundo o Clue, minha próxima menstruação viria no dia 26 de dezembro, data exata da nossa viagem para João Pessoa. Há dois meses havíamos programado que passaríamos o ano novo com a minha família e esticaríamos um pouquinho para descansar.

Pois muito bem, não veio menstruação. E eu nem me assustei. Achei bom, já que pude aproveitar as praias de Jampa sem impedimentos.

Logo meus seios começaram a ficar doloridos, bastante doloridos. Claro, estava previsto que isso aconteceria. Eu tinha sido abençoada por atrasar um pouco, assim pude curtir um pouco a viagem. Agora ela poderia vir, tudo bem. Mas não veio.

Meus seios ficaram sensíveis ao extremo - eles doíam até quando a água batia e até mesmo enquanto eu caminhava.Esse não era um sintoma comum de tpm, estranhei.

Em seguida, comecei a ter cólicas pontuais - sentia umas pontadas muito fortes, mas elas não duravam mais que 30 segundos. Tinha alguma coisa errada.

Perto de retornarmos comecei a rejeitar tudo que gostava, inclusive camarão, que eu havia feito a maior questão de comprar.

Regressamos para São Luís e, junto a nós, uma vontade de ir ao banheiro constante, além de uma indisposição incrível. Quatro dias depois pedi um teste. Ele comprou e me deixou em casa. Eu disse que mandaria um whatsapp com o resultado (bendita seja a tecnologia).

Tudo que consegui fazer ao entrar em casa foi deitar. Eu queria comer, mas não tinha disposição. Queria tomar banho, mas faltava força. Joguei o teste de lado e fiquei no celular. Minha bexiga apertou e eu pensei: vou logo fazer isso.

Mas a experiência de um teste negativo me anulou durante um tempo: eu não queria me frustar outra vez. Se desse negativo, eu me recusaria intermitentemente a comprar testes em casos de dúvida.
Pensar nessa frustração acabou por me dar coragem: era mais um negativo, eu não estava grávida e dane-se, os dias seguiriam normalmente.

E aí fui fazer xixi naquele pote "enorme". O sofrimento já começa daí - pontaria zero.
 Ok, consegui o suficiente. Dizia nas instruções: deixe o palito imerso por 1 minuto, se aparecer a segunda lista é positivo, em caso de uma, negativo. Observei.

Assim que coloquei a paleta no pote apareceu um risco rosa e não muito tempo depois começou a formar-se o segundo risco. Era ele aparecendo e eu colocando a mão na boca. Olhei para aquelas duas listinhas, olhei pro espelho, pro celular, de novo o espelho, de novo pro teste. Peguei as instruções, li outra vez. Li a capa. Pesquisei na internet e vi que era verdade: duas listas = positivo.

Tive uma descarga elétrica - chorei. Não era um choro convulsivo, mas lágrimas nervosas, de quem não acreditava. Alguém precisava ver aquilo.

Liguei pro meu namorado, demorou a retornar. Precisava falar com alguém. Liguei pra minha mãe, ela ligou. " Mãe, tenho que te contar uma coisa". Ela: o quê? fala logo, não me deixa nervosa. Fui direta: tu vai ser avó de novo!

E começou aquela coisa de não acreditar, se emocionar e tal. Nesse ínterim, o namorado liga. Eu, nervosa, conto pra ele. Do outro lado da linha escuto: sério? Não, tô super brincando, pensei. Mas respondi: sim, é sério. E ele me pergunta porque estou chorando...

Combinamos que faríamos o exame de sangue logo cedo, assim não teríamos dúvidas.
Dormi abraçada com as minhas inquietações, me perguntando quais as possibilidades daquele exame está errado.

Pela manhã, fomos ao laboratório. Depois de um tempo de espera, vi retirarem meu sangue, O resultado estaria pronto às 13:00h.

Era dia 15 de janeiro. Eu descobri que estou grávida.

E aí?

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sobre a criação do TG (Tô Grávida, e aí?)

Resolvi criar este blog porque antes de descobrir que estou grávida procurei muitas matérias a respeito. Busquei reportagens, notícias, desabafos e até vídeos no youtube. Eu queria, calorosamente, sentir o universo materno.

E para isso me apoiei em todos os aparatos necessários: revistas, internet, jornais, livros e afins.
Quando decidi ser mãe, decidi também aprender mais sobre isso. Tornava-se necessário saber o que me aguardava.

Estava há um ano com meu namorado (noivo, futuro marido, pai do meu filho) quando decidimos engravidar. E a partir dessa decisão, parei com os remédios.

Mais um ano se passou até que eu pudesse ver aquela segunda listinha se formando no meu teste.

Muitas vezes me perguntei se eu conseguiria ter um filho, se havia isso nos planos de Deus para mim. Havia um ano que tínhamos abandonado os contraceptivos, mas a minha menstruação continuava ali, firme e forte, todos os meses. O que nos levou a pensar que ainda não estava na hora - no momento exato, aconteceria. E aconteceu.

Mas, antes disso, muitas dúvidas e preocupações passaram na minha cabeça. O problema deveria ser eu.

Seis meses depois de ter deixado o remédio minha menstruação atrasou por 15 dias. Ele disse: você tá grávida! Eu pensei: negativo. Dizem que a gente sente, eu não senti nada.

Resolvemos fazer o teste. E, como eu supunha, deu negativo, Aquela lista única acabou com todas as minhas expectativas, Eu me senti frustada, a última das mulheres, em especial porque o meu namorado queria muito que eu estivesse esperando um bebê. Me senti incapaz.

Mas como tudo tem seu lado bom, essa história me fez ir ao médico. Se eu não estava grávida e minha menstruação estava atrasada, algo de errado tinha e eu precisava saber o que era.
E foi assim que eu descobri que faço parte do SOP (síndrome do ovário policístico), o que dificultava, não impossibilitava, minha gestação.

Aprendi que não ovulava todos os meses e, por essa razão, tinha mais dificuldade que as outras mulheres.

Essa revelação me deixou desacreditada. Na minha cabeça, para eu engravidar, precisaria de tratamento alternativo. E, bom, isso não estava nos nossos planos.

Deixamos de lado essa ideia e continuamos movido pelo lema de que " quando Deus quisesse aconteceria." Ele quis. E aconteceu. E eu não precisei de tratamento nenhum.

E é exatamente sobre isso que trata este canal - do desejo de ser mãe à descoberta de está grávida. E nesse ínterim, acreditem, muitas outras descobertas (e medos) acontecem.
É sobre isso que vamos falar.


Até a próxima. =)