segunda-feira, 20 de março de 2017

O 5, o ¨6 e o 7 mês

Se eu disser que tentei escrever nesses últimos meses vou está mentindo - a verdade é que não deu. Não deu mesmo!

Eu até lembrava do blog, do Instagram. Pensava: poxa, abandonei tudo!

Mas não, eu não abandonei nem pretendo. Mas se é que posso justificar tanta ausência, devo dizer que esse processo de adaptação é delicado e dispendioso.

Em um dos últimos posts contei sobre o 2, o 3 e o 4 mês. Eu também disse que tentaria escrever separadamente sobre os meses consecutivos. Tentaria, não tentei. Mas lembrei.

Pra não falhar de todo, escrevo mais uma " trilogia" - O 5, o 6 e o 7 mês.

Essa temporada foi umas das mais fáceis e difíceis, paradoxalmente. Ao mesmo tempo em que o nosso bebê se torna um tantinho mais independente, vem também as outras necessidades, como a introdução alimentar, que requer paciência, prática e mais tempo. Paralelo a tudo isso, ainda fui assolada por umas das crises mais fortes de Síndrome do Pânico que já senti. Mas isso vale uma postagem individual, motivo pelo qual não entrarei em detalhes agora sobre o assunto.

Então vamos às novidades..

O quinto mês é uma delicia! Aquele neném que antes só ficava deitadinho e esboçava pequenos sorrisos agora interage, e MUITO!

Isso é muito gostoso: o retorno!

Nesse período eles começam a responder aos estímulos. A maneira deles, começam a falar conosco. E aí começamos a identificar melhor suas necessidades: sono, frio, calor, fome - tudo tem uma solicitação pra lá de especial. E é nessa hora que você, mamãe, sabe melhor que todo mundo o que seu filho quer. Nós os entendemos melhor que ninguém! Isso vale pros papais também. Pelo menos, aqui em casa é assim: o Mayco já compreende tudo. De vez em quando eu escuto: isso é sono! Amor, Maysa quer peitinho. Kkkkkkkkkk Tá é esperto!

No quinto mês também fomos presenteados com dois dentinhos, os inferiores. Os 15 dias que antecederam ao nascimento desses dentes foram de muita irritação, choro, colo e cocô. Sim, cocô.

Muitas mães relatam febre e diarreia com o nascimento dos primeiros dentinhos. Aqui eu fui pega de surpresa - a Maysa estava super irritada, não queria nada além de colo e fazia cocô com muita frequência. As fezes estavam normais, mo que aumentou foi a frequência. Ela, que costumava fazer cocô uma ou duas vezes ao dia, às vezes fazia até 7. E, por incrível que pareça, eu não associava isso a chegada dos dentes, até porque não havia nenhum sinal deles.

Cheguei até a comunicar a pediatra, preocupada que fiquei. Na última consulta também não havia sinal desses dentinhos, o que nos levou a suspeitar de alguma infecção. Concomitante a isso, gripamos, as duas. Uma gripe pra lá de ruim. Passamos 15 dias nebulizando, usando medicamento e colocando muita secreção pra fora. As da Maysa saiam pelas fezes ( eu não sabia disso até ter um bebê em casa ) e as minhas pelo nariz e boca. Foi um período conturbado, já que eu não tinha ninguém pra me ajudar. Eu queria descansar mas tinha que cuidar dela. E aí que a gente começa a aprender - as mães pensam primeiro nos filhos!

Foi a segunda vez que gripamos. Mas a primeira considero mais como um resfriado, porque passou mais rápido e eu não fiquei tão mal.
Mas dessa vez eu cheguei a me irritar com a garganta inflamada, nariz congestionado e a secreção escorrendo. Muito, muito difícil adoecer junto com seu filho. Mas superamos, graças a Deus.

Com mais ou menos uma semana de irritação e muito pedido de colo, senti a gengiva da Maysa mais protuberante - estavam vindo, os dentes. De imediato, associei o cocô, a irritabilidade e o dengo.

Sabendo disso, tornou-se mais fácil: colo, carinho, atenção, mordedor e etc. Eles chegaram, lindos e saudáveis, pra deixar o sorriso da minha menina ainda mais lindo!

E eu pensei: ela está crescendo, já não tem mais aquele sorriso banguela. Eis a passagem do tempo que toda mãe reclama!

As roladas na cama também começaram a ficar mais rápidas e coordenadas. Em um segundo ela já está na outra ponta. Atenção redobrada agora!

Como ficamos sozinhas boa parte do tempo, quando quero fazer alguma coisa deixo ela na rede ou no berço. Jamais na cama, que é alta e ela já se move com rapidez.

- [ ] Nas entrelinhas fica o registro de que fazer alguma coisa pondo ela na rede ou no berço não é algo tão simples: tenho que deixar brinquedos espalhados, TV ligada e mesmo assim às vezes nada disso é suficiente. Ela chora, grita e eu tenho que ficar conversando com ela de onde estiver e aparecendo de vez em quando pra acalma-la. Nesse momento, eles já sentem a nossa falta e solicitam nossa presença o tempo todo.

Tomar banho é uma aventura: do box eu fico cantando e dançando, e ela, quando de bom humor, sorri de volta do carrinho. Quando não, apresso o banho, não lavo o cabelo e outras renúncias mais.

Ela também já está " durinha ", popularmente falando. Passa um bom tempo sentada sem cair, já se mantém ereta enquanto a carregamos e, o mais incrível, fica em pé fazendo muita força nas perninhas. Quando quer sentar ela amolece as pernas e quando quer continuar em pé não tem quem faça dobra-las. Kkkkkkkk

O sexto mês é mais agitado ainda: iniciamos a introdução alimentar, demos as duas doses de vacinas atrasadas, descoberta dos sons, tudo vai pra boca, e " independência".

Atrasamos as vacinas do quarto e quinto mês em virtude da gripe, mais uma vez. Mas já as colocamos em dia. Pra variar, a vacina do quarto mês, que é a segunda dose da vacina do segundo mês, a deixou bem molinha. Fica claro que ela não tá legal: ela não sorri, pouco interage e parece está sonolenta o tempo todo. A febre perdura por dois dias. Mas, ainda assim, achei que a reação dessa vez foi mais amena do que da vacina de dois meses. Lá a febre chegou a quase 39. E agora controlamos bem e ficou ali próximo a 38.

Continuo sem oferecer o remedinho antes de vacinar. Por mais que me doa vê-la assim, acredito que a reação tem a ver com o efeito da vacina. Então tudo bem, controlamos.

A vacina do quinto mês, que também foi dada no sexto, foi mais tranquila: ela chorou ali na hora do furo, que é de partir o coração, diga-se de passagem, mas depois foi de boa. N parecia que tinha vacinado. Não teve febre, moleza nem nada. Graças a Deus!

Eu sempre explico a Maysa o que vamos fazer. Gosto de conversar com ela, como se ela entendesse tudo que digo. Acho que isso fortalece a nossa ligação. E a impressão que tenho e que quero passar pra ela é que também somos amigas, muito amigas. Não é porque ela é um bebê que não vai saber o que se passa. Gosto de imaginar que se eu fosse ela, gostaria de saber o que se passa.

Então falo das vacinas, que doem um pouco mas que é pro bem dela e que eu e o papai estaremos lá, pro que precisar. Falo quando vamos tomar banho, sair, etc. Nós temos um bom diálogo. Hahahaha

Aos 6 meses a Maysa descobriu como colocar o pé na boca, o gosto de todas as coisas ( porque tudo vai pra boca, até o que não deve - atenção redobrada aqui).

Quando deixo ela em qualquer lugar tenho cuidado de ver se não tem nada por lá: um botão, um cotonete, um brinco, porque qualquer coisa que ela achar, sem dúvida, vai pra boca. Todo cuidado é pouco!

Evito usar roupas com acessórios que saiam facilmente, como paetês, pérolas e outros pequenos detalhes. Basta um deslize pra que saia um deles e ela se engasgue. Deus me livre!

Isso vale pras roupinhas e acessórios dela também: prefiro as cores aos pequenos detalhes. Aprendi que por mais bonitos que sejam vestidos e laços de pedras, eles também oferecem perigo. Então fico com os cheios de desenho e coloridos, que são igualmente fofos, mas inofensivos.

Com 6 meses ela começou também a mostrar traços de sua personalidade mais forte. Por exemplo: adora sorrir, tem facilidade de interagir, mas quando se irrita puxa o cabelo, se joga pra trás. Por isso não a coloco muito no chão, porque ela tá com essa mania feia de se jogar pra trás com força. Se for uma superfície dura ela se machuca e feio!

O choro agora tem várias formas de se apresentar: com lágrimas, se, lágrimas, com puxão de cabelo, com riso pelo meio. Já dá pra saber bem claramente o que ela quer dizer com cada um deles.

Balbuciar então virou rotina: é um bababá daqui, um mãmãmã dali. Se insistirmos, ela tenta reproduzir o que a gente fala. A coisa mais linda do mundo! ❤️

Minha prima a ensinou a dar tchau. E agora pronto, é tchau pra Amy, pra escada, pra TV, pro papai e até pro nada. Kkkkkkk

Também sabe chamar, faz o sinal de vem com a mão, mas diferente do tchau, ela ainda não sabe que o vem serve pra chamar. Ela faz meio que involuntário.

As risadas tornaram-se dobradas, gargalhadas demoradas. Muito, muito gostoso. Não demoro fazendo ela sorrir porque ela costuma ficar com soluço. Mas gosto de filmar esses momentos de tão gostosos que são.

Agora quando quer peito já vem abrindo a boca, olhando fortemente na minha direção. Enquanto mama de um lado acaricia o outro, espreme, aperta. Além disso, quando estamos na rede agora ela inventou de rolar e passa de um peito pro outro em segundos. Kkkkkk

Ela me beija, morde, passa a mão no meu rosto: uma expressão linda de amor!

Algumas mães dizem que seus filhos começam a engatinhar com 6 meses. Por aqui nem sinal. Mas também não tenho o hábito de colocá-la no chão. Vivo dizendo que vou comprar o tapete emborrachado e até agora nada. Me parece que ela vai andar antes de engatinhar. Ela firma bem os pés e já quer dar uns passinhos, como se quisesse andar. Vejamos o que ela vai aprontar.

Agora eu consigo descansar um pouco mais: ela dorme melhor, acorda menos durante a madrugada e volto a pegar no sono mais rápido. Também estamos com uma rotina bem estabelecida. Temos horários bem definidos. Quando dá em torno das 20:30/21:00 ela já está abusadinha, querendo se acomodar pra dormir.

Ainda não consegui fazer com que ela volte a dormir no berço, que fica na cama, ao nosso lado. Ela tá super acostumada a virar e se deparar comigo ou com o Mayco. Ela até dorme o primeiro soninho lá, mas quando sente falta abre o berreiro. Me falta disposição pra insistir nesse processo de transição, confesso. Mas precisamos fazê-lo.

Com o início da introdução alimentar eu também ganhei mais liberdade: agora já faço programas em casal. Iniciamos com um cineminha, fomos a um barzinho e agora iremos a um show. Tudo gradativamente.

Ela fica com a avó, mãe do meu marido. No primeiro dia sentiu nossa falta, chorou mas depois fico tranquila. Agora vai vai ficando numa boa. Às vezes quer o peito, mas a vovó com jeito consegue acalmá-la.

Eu que precisava sair um pouco, quero voltar correndo quando faço. Não é que dá saudade?

Mas aos poucos vamos restabelecendo a rotina, agora diferente porque temos uma nova e linda integrante.

Acho que a parte mais difícil desse 6 mês foi a introdução alimentar, muito mais pelo fato de não ter a menor intimidade com a cozinha do que qualquer outra coisa.

Voou panela e prato pra todo lado aqui. No começo eu me irritava, jogava o que tinha feito fora, ligava pra minha mãe chorando. Meu Deus, eu nunca conseguiria! Não tinha paciência. Não tinha tempo. Não dava pra ver tutorial. Ela chorava - queria colo, atenção, mamar e eu tinha que fazer a sopa, mesmo sem saber.

Aquilo estava me matando!

Nos dois dias que tenho ajuda estava ótimo. Gisele fazia a sopinha e dava pra ela. Mas quando eu tinha que me virar fugia pra onde tivesse ajuda. Isso tornou tudo mais cansativo. Sair quase todo dia, levando um monte de tralhas.

Resolvi que tinha que aprender, ter tranquilidade pra aprender. E foi o que aconteceu.

Agora já consigo achar tempo - levanto mais cedo, organizo a sopinha dela e aí que começa o dia - troca de fralda, soneca, lanchinho e tal.

Por falar em lanche, as frutas dominam por aqui. Banana, maçã, pêra, goiaba, ameixa fresca, mamãe. Ela prefere as mais adocicadas, mas não deixo de oferecer as outras.

Os primeiros dias são difíceis. Parece que eles não vão comer bem nunca! Mas é que estão se adaptando. O paladar está recebendo muita informação de uma só vez. Imagina, por 6 meses foi só leite! O segredo é paciência! Aliás, o segredo da maternidade é paciência. Com o tempo tudo, tudo se encaixa. E de repente somos nós que estamos dando as dicas.

Depois dessa dificuldade inicial entramos no ritmo. Ela já come, come bem. Se deixar vai o prato e tudo. Preciso limitar, quando acho que foi suficiente paro. Aconteceu dela vomitar de tão cheia. Então não é dar alimento até o ponto em que o bebê estiver recebendo, é saber quando tem que parar, quando ele já está alimentando e pronto.

Nessa de fazer as sozinhas peguei gosto pela cozinha e agora faço bolo, tortas, chocolate quente e outros doces. Mando bem nessa parte. Mas comida não é mesmo meu forte. Pra compensar esse ponto fraco o Mayco começou a providenciar essa parte. Então nos completamos: ele faz a comida e eu a sobremesa. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Ir pra cozinha nos aproxima também. É mais um momento juntos: aprendendo, ajudando, admirando, sorrindo.

Com um bebê em casa não é vida a dois. Aliás, um filho não nos impossibilita de nada, pelo contrário, ele abre as portas para muitas outras possibilidades. O X questão é descobrir uma rotina funcional pra toda família. E é isso que buscamos aqui.

Bom, postagem extensa fica cansativa. Então deixarei os detalhes do 7 mês pra depois, até porque ele começou ontem.

Mas de antemão, nesse início de sétimo mês fui presenteada com a primeira palavra da Maysa: mãe!

Chorei.

Dia 20 de março, com 7 meses, sua primeira palavra: Mãe.

Como não se derreter?

Beijos e até a próxima.



Um comentário:

  1. Dan ja experimentou fazer a sopinha e congelar por 3, dias? Deu super certo por aqui. No mais Maysa tá cada dia mais linda...e eé tão boa...cada fase é mais encantadora...mas confesso que já sinto saudade de ter um RN em casa.rs

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