quinta-feira, 14 de setembro de 2017

9, 10, 11, 12 meses

Então que eu quase abandonei o blog, o face e o instagram. Quase!

Não por falta de vontade, ideias de posts ou desleixo, mas por falta de TEMPO mesmo.

Tantas e tantas coisas aconteceram nesse interim que renderiam quase que textos diários. Mas parar pra escrever era algo absolutamente inalcançável por aqui.

Digamos que ter um bebê em casa é como um jogo de video game, a próxima fase é sempre mais difícil.

Quando estamos começando a nos adaptar com uma coisa, lá vem mais novidades. E tudo muda. Tudo mesmo. Até aqueles banhos que antes eram na banheira...

Nesses 4 meses passamos por muitas experiências. Eu, mais que nunca, aprendi a me virar sozinha - tive que colocar na gaveta meus medos e desejos mais profundos.

Aos 10 meses a Maysa se engasgou com um pedaço de saco de supermercado. Isso mesmo - um saco de supermercado. Desses que a gente coloca frutas e verduras, transparentezinhos.

Eu fui fazer uma vitamina pra ela, com pressa, tirei a fruta da sacola e joguei o saco no chão. Ele, leve, não caiu e parou no cercadinho dela. Eu só ouvi o choro. Não era um choro desesperador. Mas também não era natural. Virei de costas, olhei pra ela e vi o saco. Peguei e mais que depressa o vi aberto. Ela tinha um pedaço na boca.

Estava sozinha com ela casa. Meu pai mora do lado, graças a Deus.

Fiquei gelada dos pés a cabeça. Minha filha chorava. E no rosto dela eu via que ela estava assustada. Chovia. Corri com ela na chuva mesmo pra casa do meu pai. Eu gritava desesperada que ela tinha um saco na boca. Ela respirava normal. Não ficou roxa. As vezes parecia que tava tudo bem. Mas meu instinto de mãe dizia que não.

Fomos pra urgência e lá a enfermeira tirou o pedaço de saco que havia na boca. Eu tremi. Soube que muitas crianças morrem assim e engasgadas com balão. 

Fizemos um raio-x e ficamos em observação. Baixinho eu agradecia a Deus pela vida da minha filha.

Crianças cegam. Um instante que você tira o olho elas já aprontaram. Eles não tem discernimento nem senso de perigo. Então atenção redobrada.

Esse susto me fez parar com tudo. Eu simplesmente não podia mais está com ela e me ocupar com outra coisa. Eu nem mesmo olho o celular direito.

Nessa mesma semana ela pegou uma virose. Foram 4 dias de febre alta e moleza. Tudo isso coincidindo com a chegada de novos dentinhos. Ao fim da virose ela ficou toda empolada e eu sabia que estava melhorando ( a gente aprende depois que esse é um dos indicios ).

Foi um mês conturbado. Eu pensei: será que tenho fôlego pra ser mãe?

Nós adoecermos, ficarmos doentes é uma coisa. Mas os nosso filhos. Essas criaturinhas tão fofas e indefesas, não. Isso parte o coração.

Superamos, mas com uma lição enorme.

 Tá cada vez mais difícil tomar um banho, fazer um lanche ou conversar com alguém. Ela é o centro. E claro, isso se deve ao fato de ficar sozinha com ela o dia todo. Quem mora com mais gente em casa e tem ajuda é uma outra história.

Maysa agora desbrava a casa toda. Anda pra tudo que é lado. Aliás, começou a andar assim que fez um ano, mais precisamente um dia após a festinha.

Antes ela dava uns 4, 5 passinhos e desequilibrava. E ai foi so completar um aninho pra pegar o jeito.

E falando em jeito, não tem jeito - as quedas são inevitáveis. As batidas de boca, cabeça e testa. Não da pra ser um cercadinho ambulante enquanto eles andam. Bem que eu tentei. Mas isso tira a autonomia deles, a liberdade, a confiança. Não é errando que se aprende?

Confesso que na primeira batida de boca, aquela de cara no chão, eu disse que não deixava mais ela andar. Kkkkkkk Como eu podia fazer isso? Eu só queria que ela andasse sem se machucar. Mas isso n é possível. E nós n somos ruins por isso. Nós também levamos tombos quando pequenos e como levamos. 

Agora ja me adaptei mais. Até acho graça de quando ela se bate. Mas ó, eles não são bobos não. A Maysa apoia o cotovelo pra n bater a cabeça no chão, usa as maozinhas pra se proteger, afasta a cabeça pra tras quando vê que vai bater...

E inevitalmente toma mais de 4 banhos por dia pq só quer viver no chão. Não quer colo, não quer berço, não quer cercado nem nada. E aja mamãe correr atrás.

A casa tem brinquedo pra tudo que é lado. Cada brinquedo tem um nome. E ela sabe o nome de todos. Você pode chamar um a um que ela entrega a você.

Ela aprende muito rápido. Tá uma tagerela! Sempre tenta repetir a última palavra que chamamos. O vocabulário aumentou.  Bastam algumas repetições pra que ela diga também. E isso é mt mt gostoso - ensinar e ver teu filho aprender. Ver o esforço que ele faz pra se comunicar contigo.

Por outro lado, enfrentamos uma fase ruim na alimentação. Esses últimos dias ela não aceita nada, só quer ta no peito. Vez por outra come uma frutinha ou mingau.

Mas fomos a médica e está tudo ok. Ela passou um polivitaminico e ferro como suplemento alimentar. E pediu exames de rotina.

Hoje mandei a Maysa pra casa da vó, em geral, ela come bem quando vai pra la. Além da comida ser gostosa e a vovó fazer todos os gostos, ela tem mto jeito com isso. E de quebra eu ganho uma folga. Kkkkkk

E como eu aproveito essa folga? Colocando o blog em dia. Arrumando o guarda roupa. Me dando o luxo de tomar um banho demorado. Dormir um pouco. Assistir alguma coisa que queira e etc.

Agora que atualizei aqui, pretendo dar continuidade com textos menores e mais simples. Se eu escrever com frequência não vem textão e ai é mais fácil de dar conta. 

Será que consigo?

Beijos e até a próxima









Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

O 7 e o 8 mês

Agora eu só escrevo assim, em agrupamento. 

Gente, mas quem tem um bebê em casa sabe: não é fácil não, quanto mais eles crescem, mais aprendem e mais ativos ficam. Paralelo a isso, nós não paramos: nosso tempo " a sós" diminui drasticamente.

E isso reflete inclusive aqui, nas postagens - não consigo mais me concentrar pra escrever com agilidade. O tempo que me sobra quero descansar ou aproveitar um pouco o marido ( não podemos deixar de lado nossa vida conjugal, mas falo disso em outro post).

É verdade que eles também já estão mais " independentes", a introdução alimentar nos possibilita isso. Já consigo, por exemplo, deixar ela com algum familiar pra fazer compras, ir ao médico e etc.

Mas não dá pra abusar. Eu deixo quando realmente necessário. Se ela pode ir, vai também.  Só quando não dá mesmo. Até porque quando saio sem a Maysa quero logo voltar. Sinto uma falta imensa! Além do que vários medos me assolam: e se acontecer alguma coisa com ela e eu não estiver perto? E se me minha filha sentir minha falta desesperadamente? E se não conseguirem acalenta-la? E se ela tiver medo de ficar sem mim? O que se passa naquela cabecinha quando eu saio? 

Mas sim, isso é algo que deve ser trabalhado. E também acho que é muito natural. Vejo muitos relatos de mães que sofrem quando retornam ao trabalho ou quando os filhos começam a ir pra escola. Acho que é uma coisa que, em dado momento, todas nós experimentaremos. Faz parte do ciclo.

De cansada eu passei para exausta. Mas não reclamo. Tem gente que encara desafios muito maiores. Eu apenas relato o lado B da maternidade, porque ele também existe.

Quando você sonhar em ter filhos não pense naquele comercial de margarina: a família feliz, todo mundo limpinho, a casa arrumadinha, o cachorro comportado.

Tsc! Tsc! Tsc!

Não é assim.

A verdade é que a casa nunca mais fica arrumada. Tudo bem, você pode tentar. Eu tentei. Mas desisti. Desisti no instante em que vi que não valia mais a pena lutar contra uma nova realidade. Eu não moro mais sozinha. Eu não sou mais solteira nem tampouco ainda vivo com minha mãe.

A minha realidade agora é um marido, uma bebê e um cachorro. Porque bater de frente com isso?

Claro que não deixo a minha casa um chiqueiro. Não é isso. É só que você não tem mais uma sala organizada, com controles em cima do móvel e almofadas no lugar. Então eu tenho brinquedos sob a mesa, carrinho no meio da cozinha, a Pepa na bandeja de café, a Elsa na minha cama e as roupas do marido espalhadas por onde ele passa.

Quando eu acho uma brecha saio catando tudo, mas já não me irrito com isso. Não dá! 

Positividade, ok? Ok.

A Maysa agora passa muuuuuito mais tempo interagindo. O número de cochilos diminuiu e a intensidade deles também. Inclusive, há dias em que ela nem mesmo cochila, dorme só a noite.

E eu, como é que fico? Daquele jeito lá, exausta.

Como ela interage bastante, brincamos muito. Mas tem hora que queremos dormir, tomar banho, ir ao banheiro, conversar com alguém. Mas não dá. Nessa fase não podemos tirar o olho, basta um segundo pra que aconteça um acidente.

Outro dia eu estava com um chiclete na boca enquanto trocava a fralda dela. Ela bateu com os pezinhos no meu rosto e o chiclete caiu - caiu dentro da boquinha dela! Quando eu vi ela estava com um chiclete enorme na boca! Foi surreal! Tava na minha boca, agora tava ali na dela. Peguei aquele chiclete com a maior velocidade que pude. Gritei meu marido pra que ele a segurasse enquanto lavava minhas mãos, que ficaram grudadas daquela coisa liguenta.

Não foi distração. Não foi desleixo. Foi um acidente. Então quando dizem que crianças cegam, é porque cegam mesmo.

Outra coisa que me assustou foi uma saída que demos sábado passado. Nos finais de semana costumamos sair em família, pra almoçar, jantar ou qualquer coisa assim. 

Então estávamos num restaurante. A Maysa no carrinho. Mas ela já estava irritada de ficar ali. E a comida chegou. Sempre que comemos revezamos, cada um fica com ela pra que o outro coma. Mas nesse dia achamos um banana de brinquedo e ela ficou bastante distraída com aquilo. Oba! Vamos comer juntos. Eu só ouvi a tosse. Olhei pro lado e vi que faltava um pedaço da banana. Tirei ela do carrinho às pressas, coloquei de cabeça pra baixo e ela tossindo. Meu marido disse: ela está com um pedaço da banana na boca, eu to vendo. Entreguei ela pra ele e puxei aquele pedaço de isopor dela. Meu Deus! Fiquei trêmula por alguns minutos.

Obrigada por não ter acontecido nada demais, meu Deus! Foi só o que consegui pensar.

Então é assim: por muito tempo viveremos em função deles. Primeiro eles. Estejamos cansadas, com fome, com frio, apertadas. Eles, sempre.

Dizem que a vida nunca mais é a mesma depois que temos filhos. E não é, eu concordo em gênero, número e grau.

A Maysa bate palminhas o dia todo. Depois que aprendeu já acorda assim, até mamando e pegando no sono ela tá batendo palminhas. 

Também já fica em pé sozinha e ensaia os primeiros passos. Se ela achar algum lugar em que possa se apoiar certamente ficará em pé. E fica lá achando graça, segura com uma mão só, depois com a outra, até as pernas cansarem e ela se jogar.

Não tenho hábito de colocá-la no chão, por mais que as pessoas digam: deixa, que frescura!

Acho que se eu fizesse isso ela já estaria engatinhando. Mas tenho medo. Ela tem uma mania de se jogar pra trás do nada. E é com força. Na cama tudo bem. Mas no chão machucaria muito. 

Ganhamos um tapetinho, mas como ele é pequeno ainda não é funcional. Preciso comprar mais peças pra encaixar.

Ela também tem um cercado, mas preciso mandar fazer um colchaozinho pra que ela não se machuque.

Não entendo como um negócio daquele que é feito pra crianças vem cheio de ferro embaixo. Se eu não forrar ela se machuca inteira, na verdade nem consegue se apoiar. E olha que eu tentei forrar com almofada, edredom e tudo que tinha aqui. Mas não teve jeito, tenho que mandar fazer o colchão mesmo.

O cercado e ótimo! Vai me ajudar muito quando eu mandar fazer esse bendito colchão. Lá eu posso me despreocupar que ela não vai pular, não vai sair e etc.

Enquanto isso seguimos brincando na cama e dentro do berço, que já está mais baixo, já que ela fica em pé e quer escalar. 

No 7 mês os dentinhos superiores começaram a despontar. Eu havia lido que eram os dentes que mais incomodavam pra descer. Não sei se foi porque ela sofreu muito com os de baixo e eu acostumei ou se realmente com esses ela não sentiu muita coisa. O que sei é que foi mais tranquilo. Ela ficou irritada, querendo morder tudo. Mas não chorava copiosamente como no nascimento dos dois primeiros.

Teve dois dias de febre, que coincidiram com um resfriado. As fezes mais frequente. Passamos um fds difícil. Mas aí nasceram não dois, mas 4 dentinhos superiores. Então agora temos 6. O sorriso mais lindo desse mundo! 😍😍😍😍

E eu pensei que ela fosse ficar uma vampirinha, porque o dentinho que apareceu primeiro foi o da lateral ( esqueci como se dá o nome da posição dele). Mas não, vieram logo os 4, um atrás do outro, da direita pra esquerda, respectivamente.

Outra coisa que faz uma diferença enorme agora é que pra dormir à noite não basta mamar, tem que brincar. Ela pega no peito, rola por cima de mim, vai pra perto do pai dela, bate palminhas, canta, fica em pé, volta e pega o peito de novo, passa de um pro outro, solta, conversa, rola na cama, puxa o cordão do papai, pega os controles, o celular, mama de novo, conversa mais, rola de novo e por aí vai. Esse lenga lenga pode durar mais que uma hora. 

Ela também começou a estranhar as pessoas e querer ficar no meu colo direto. Por exemplo, ela está tranquila no colo de alguém, mas basta me ver pra começar a reclamar o meu colo. Ela aprendeu várias formas de me chamar a atenção: faz um chorinho forçado, funga, me segue com os olhos, abre os bracinhos. Isso sim é muito, muito fofo!

As refeições continuam na mesma linha: mama quando acorda, lancha uma frutinha, almoça sopinha, lancha frutinha ou suco, janta sopinha e mama pra dormir.

Mas tem dia que não pra seguir a regra. Há exceções. Tem dias em que ela dorme até tarde e então não lancha, vai pra sopa direto. Ou lanchou tarde e não quis a sopa. Ou mamou muito e não quis comer. Não quis a sopa da noite eu faço um mingauzinho antes de dormir.

Antes eu enlouquecia se ela pulasse uma dessas refeições. Agora não. A gente não pode ter o controle de tudo o tempo todo, ok? Ok.

A gente se esforça, faz o que pode, mas tem coisas que não podemos controlar. E isso não vai nos fazer menos mãe que qualquer outra. Todas nós enfrentamos desafios diariamente. E aprendemos com eles.

A pediatra deve acrescentar mais coisas a dieta dela nessa próxima consulta, prevista pro dia 15.

Então é isso. Vou aproveitar pra cochilar um pouquinho enquanto ela dorme também.

Beijos e até a próxima.


segunda-feira, 20 de março de 2017

O 5, o ¨6 e o 7 mês

Se eu disser que tentei escrever nesses últimos meses vou está mentindo - a verdade é que não deu. Não deu mesmo!

Eu até lembrava do blog, do Instagram. Pensava: poxa, abandonei tudo!

Mas não, eu não abandonei nem pretendo. Mas se é que posso justificar tanta ausência, devo dizer que esse processo de adaptação é delicado e dispendioso.

Em um dos últimos posts contei sobre o 2, o 3 e o 4 mês. Eu também disse que tentaria escrever separadamente sobre os meses consecutivos. Tentaria, não tentei. Mas lembrei.

Pra não falhar de todo, escrevo mais uma " trilogia" - O 5, o 6 e o 7 mês.

Essa temporada foi umas das mais fáceis e difíceis, paradoxalmente. Ao mesmo tempo em que o nosso bebê se torna um tantinho mais independente, vem também as outras necessidades, como a introdução alimentar, que requer paciência, prática e mais tempo. Paralelo a tudo isso, ainda fui assolada por umas das crises mais fortes de Síndrome do Pânico que já senti. Mas isso vale uma postagem individual, motivo pelo qual não entrarei em detalhes agora sobre o assunto.

Então vamos às novidades..

O quinto mês é uma delicia! Aquele neném que antes só ficava deitadinho e esboçava pequenos sorrisos agora interage, e MUITO!

Isso é muito gostoso: o retorno!

Nesse período eles começam a responder aos estímulos. A maneira deles, começam a falar conosco. E aí começamos a identificar melhor suas necessidades: sono, frio, calor, fome - tudo tem uma solicitação pra lá de especial. E é nessa hora que você, mamãe, sabe melhor que todo mundo o que seu filho quer. Nós os entendemos melhor que ninguém! Isso vale pros papais também. Pelo menos, aqui em casa é assim: o Mayco já compreende tudo. De vez em quando eu escuto: isso é sono! Amor, Maysa quer peitinho. Kkkkkkkkkk Tá é esperto!

No quinto mês também fomos presenteados com dois dentinhos, os inferiores. Os 15 dias que antecederam ao nascimento desses dentes foram de muita irritação, choro, colo e cocô. Sim, cocô.

Muitas mães relatam febre e diarreia com o nascimento dos primeiros dentinhos. Aqui eu fui pega de surpresa - a Maysa estava super irritada, não queria nada além de colo e fazia cocô com muita frequência. As fezes estavam normais, mo que aumentou foi a frequência. Ela, que costumava fazer cocô uma ou duas vezes ao dia, às vezes fazia até 7. E, por incrível que pareça, eu não associava isso a chegada dos dentes, até porque não havia nenhum sinal deles.

Cheguei até a comunicar a pediatra, preocupada que fiquei. Na última consulta também não havia sinal desses dentinhos, o que nos levou a suspeitar de alguma infecção. Concomitante a isso, gripamos, as duas. Uma gripe pra lá de ruim. Passamos 15 dias nebulizando, usando medicamento e colocando muita secreção pra fora. As da Maysa saiam pelas fezes ( eu não sabia disso até ter um bebê em casa ) e as minhas pelo nariz e boca. Foi um período conturbado, já que eu não tinha ninguém pra me ajudar. Eu queria descansar mas tinha que cuidar dela. E aí que a gente começa a aprender - as mães pensam primeiro nos filhos!

Foi a segunda vez que gripamos. Mas a primeira considero mais como um resfriado, porque passou mais rápido e eu não fiquei tão mal.
Mas dessa vez eu cheguei a me irritar com a garganta inflamada, nariz congestionado e a secreção escorrendo. Muito, muito difícil adoecer junto com seu filho. Mas superamos, graças a Deus.

Com mais ou menos uma semana de irritação e muito pedido de colo, senti a gengiva da Maysa mais protuberante - estavam vindo, os dentes. De imediato, associei o cocô, a irritabilidade e o dengo.

Sabendo disso, tornou-se mais fácil: colo, carinho, atenção, mordedor e etc. Eles chegaram, lindos e saudáveis, pra deixar o sorriso da minha menina ainda mais lindo!

E eu pensei: ela está crescendo, já não tem mais aquele sorriso banguela. Eis a passagem do tempo que toda mãe reclama!

As roladas na cama também começaram a ficar mais rápidas e coordenadas. Em um segundo ela já está na outra ponta. Atenção redobrada agora!

Como ficamos sozinhas boa parte do tempo, quando quero fazer alguma coisa deixo ela na rede ou no berço. Jamais na cama, que é alta e ela já se move com rapidez.

- [ ] Nas entrelinhas fica o registro de que fazer alguma coisa pondo ela na rede ou no berço não é algo tão simples: tenho que deixar brinquedos espalhados, TV ligada e mesmo assim às vezes nada disso é suficiente. Ela chora, grita e eu tenho que ficar conversando com ela de onde estiver e aparecendo de vez em quando pra acalma-la. Nesse momento, eles já sentem a nossa falta e solicitam nossa presença o tempo todo.

Tomar banho é uma aventura: do box eu fico cantando e dançando, e ela, quando de bom humor, sorri de volta do carrinho. Quando não, apresso o banho, não lavo o cabelo e outras renúncias mais.

Ela também já está " durinha ", popularmente falando. Passa um bom tempo sentada sem cair, já se mantém ereta enquanto a carregamos e, o mais incrível, fica em pé fazendo muita força nas perninhas. Quando quer sentar ela amolece as pernas e quando quer continuar em pé não tem quem faça dobra-las. Kkkkkkkk

O sexto mês é mais agitado ainda: iniciamos a introdução alimentar, demos as duas doses de vacinas atrasadas, descoberta dos sons, tudo vai pra boca, e " independência".

Atrasamos as vacinas do quarto e quinto mês em virtude da gripe, mais uma vez. Mas já as colocamos em dia. Pra variar, a vacina do quarto mês, que é a segunda dose da vacina do segundo mês, a deixou bem molinha. Fica claro que ela não tá legal: ela não sorri, pouco interage e parece está sonolenta o tempo todo. A febre perdura por dois dias. Mas, ainda assim, achei que a reação dessa vez foi mais amena do que da vacina de dois meses. Lá a febre chegou a quase 39. E agora controlamos bem e ficou ali próximo a 38.

Continuo sem oferecer o remedinho antes de vacinar. Por mais que me doa vê-la assim, acredito que a reação tem a ver com o efeito da vacina. Então tudo bem, controlamos.

A vacina do quinto mês, que também foi dada no sexto, foi mais tranquila: ela chorou ali na hora do furo, que é de partir o coração, diga-se de passagem, mas depois foi de boa. N parecia que tinha vacinado. Não teve febre, moleza nem nada. Graças a Deus!

Eu sempre explico a Maysa o que vamos fazer. Gosto de conversar com ela, como se ela entendesse tudo que digo. Acho que isso fortalece a nossa ligação. E a impressão que tenho e que quero passar pra ela é que também somos amigas, muito amigas. Não é porque ela é um bebê que não vai saber o que se passa. Gosto de imaginar que se eu fosse ela, gostaria de saber o que se passa.

Então falo das vacinas, que doem um pouco mas que é pro bem dela e que eu e o papai estaremos lá, pro que precisar. Falo quando vamos tomar banho, sair, etc. Nós temos um bom diálogo. Hahahaha

Aos 6 meses a Maysa descobriu como colocar o pé na boca, o gosto de todas as coisas ( porque tudo vai pra boca, até o que não deve - atenção redobrada aqui).

Quando deixo ela em qualquer lugar tenho cuidado de ver se não tem nada por lá: um botão, um cotonete, um brinco, porque qualquer coisa que ela achar, sem dúvida, vai pra boca. Todo cuidado é pouco!

Evito usar roupas com acessórios que saiam facilmente, como paetês, pérolas e outros pequenos detalhes. Basta um deslize pra que saia um deles e ela se engasgue. Deus me livre!

Isso vale pras roupinhas e acessórios dela também: prefiro as cores aos pequenos detalhes. Aprendi que por mais bonitos que sejam vestidos e laços de pedras, eles também oferecem perigo. Então fico com os cheios de desenho e coloridos, que são igualmente fofos, mas inofensivos.

Com 6 meses ela começou também a mostrar traços de sua personalidade mais forte. Por exemplo: adora sorrir, tem facilidade de interagir, mas quando se irrita puxa o cabelo, se joga pra trás. Por isso não a coloco muito no chão, porque ela tá com essa mania feia de se jogar pra trás com força. Se for uma superfície dura ela se machuca e feio!

O choro agora tem várias formas de se apresentar: com lágrimas, se, lágrimas, com puxão de cabelo, com riso pelo meio. Já dá pra saber bem claramente o que ela quer dizer com cada um deles.

Balbuciar então virou rotina: é um bababá daqui, um mãmãmã dali. Se insistirmos, ela tenta reproduzir o que a gente fala. A coisa mais linda do mundo! ❤️

Minha prima a ensinou a dar tchau. E agora pronto, é tchau pra Amy, pra escada, pra TV, pro papai e até pro nada. Kkkkkkk

Também sabe chamar, faz o sinal de vem com a mão, mas diferente do tchau, ela ainda não sabe que o vem serve pra chamar. Ela faz meio que involuntário.

As risadas tornaram-se dobradas, gargalhadas demoradas. Muito, muito gostoso. Não demoro fazendo ela sorrir porque ela costuma ficar com soluço. Mas gosto de filmar esses momentos de tão gostosos que são.

Agora quando quer peito já vem abrindo a boca, olhando fortemente na minha direção. Enquanto mama de um lado acaricia o outro, espreme, aperta. Além disso, quando estamos na rede agora ela inventou de rolar e passa de um peito pro outro em segundos. Kkkkkk

Ela me beija, morde, passa a mão no meu rosto: uma expressão linda de amor!

Algumas mães dizem que seus filhos começam a engatinhar com 6 meses. Por aqui nem sinal. Mas também não tenho o hábito de colocá-la no chão. Vivo dizendo que vou comprar o tapete emborrachado e até agora nada. Me parece que ela vai andar antes de engatinhar. Ela firma bem os pés e já quer dar uns passinhos, como se quisesse andar. Vejamos o que ela vai aprontar.

Agora eu consigo descansar um pouco mais: ela dorme melhor, acorda menos durante a madrugada e volto a pegar no sono mais rápido. Também estamos com uma rotina bem estabelecida. Temos horários bem definidos. Quando dá em torno das 20:30/21:00 ela já está abusadinha, querendo se acomodar pra dormir.

Ainda não consegui fazer com que ela volte a dormir no berço, que fica na cama, ao nosso lado. Ela tá super acostumada a virar e se deparar comigo ou com o Mayco. Ela até dorme o primeiro soninho lá, mas quando sente falta abre o berreiro. Me falta disposição pra insistir nesse processo de transição, confesso. Mas precisamos fazê-lo.

Com o início da introdução alimentar eu também ganhei mais liberdade: agora já faço programas em casal. Iniciamos com um cineminha, fomos a um barzinho e agora iremos a um show. Tudo gradativamente.

Ela fica com a avó, mãe do meu marido. No primeiro dia sentiu nossa falta, chorou mas depois fico tranquila. Agora vai vai ficando numa boa. Às vezes quer o peito, mas a vovó com jeito consegue acalmá-la.

Eu que precisava sair um pouco, quero voltar correndo quando faço. Não é que dá saudade?

Mas aos poucos vamos restabelecendo a rotina, agora diferente porque temos uma nova e linda integrante.

Acho que a parte mais difícil desse 6 mês foi a introdução alimentar, muito mais pelo fato de não ter a menor intimidade com a cozinha do que qualquer outra coisa.

Voou panela e prato pra todo lado aqui. No começo eu me irritava, jogava o que tinha feito fora, ligava pra minha mãe chorando. Meu Deus, eu nunca conseguiria! Não tinha paciência. Não tinha tempo. Não dava pra ver tutorial. Ela chorava - queria colo, atenção, mamar e eu tinha que fazer a sopa, mesmo sem saber.

Aquilo estava me matando!

Nos dois dias que tenho ajuda estava ótimo. Gisele fazia a sopinha e dava pra ela. Mas quando eu tinha que me virar fugia pra onde tivesse ajuda. Isso tornou tudo mais cansativo. Sair quase todo dia, levando um monte de tralhas.

Resolvi que tinha que aprender, ter tranquilidade pra aprender. E foi o que aconteceu.

Agora já consigo achar tempo - levanto mais cedo, organizo a sopinha dela e aí que começa o dia - troca de fralda, soneca, lanchinho e tal.

Por falar em lanche, as frutas dominam por aqui. Banana, maçã, pêra, goiaba, ameixa fresca, mamãe. Ela prefere as mais adocicadas, mas não deixo de oferecer as outras.

Os primeiros dias são difíceis. Parece que eles não vão comer bem nunca! Mas é que estão se adaptando. O paladar está recebendo muita informação de uma só vez. Imagina, por 6 meses foi só leite! O segredo é paciência! Aliás, o segredo da maternidade é paciência. Com o tempo tudo, tudo se encaixa. E de repente somos nós que estamos dando as dicas.

Depois dessa dificuldade inicial entramos no ritmo. Ela já come, come bem. Se deixar vai o prato e tudo. Preciso limitar, quando acho que foi suficiente paro. Aconteceu dela vomitar de tão cheia. Então não é dar alimento até o ponto em que o bebê estiver recebendo, é saber quando tem que parar, quando ele já está alimentando e pronto.

Nessa de fazer as sozinhas peguei gosto pela cozinha e agora faço bolo, tortas, chocolate quente e outros doces. Mando bem nessa parte. Mas comida não é mesmo meu forte. Pra compensar esse ponto fraco o Mayco começou a providenciar essa parte. Então nos completamos: ele faz a comida e eu a sobremesa. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Ir pra cozinha nos aproxima também. É mais um momento juntos: aprendendo, ajudando, admirando, sorrindo.

Com um bebê em casa não é vida a dois. Aliás, um filho não nos impossibilita de nada, pelo contrário, ele abre as portas para muitas outras possibilidades. O X questão é descobrir uma rotina funcional pra toda família. E é isso que buscamos aqui.

Bom, postagem extensa fica cansativa. Então deixarei os detalhes do 7 mês pra depois, até porque ele começou ontem.

Mas de antemão, nesse início de sétimo mês fui presenteada com a primeira palavra da Maysa: mãe!

Chorei.

Dia 20 de março, com 7 meses, sua primeira palavra: Mãe.

Como não se derreter?

Beijos e até a próxima.