quinta-feira, 14 de setembro de 2017

9, 10, 11, 12 meses

Então que eu quase abandonei o blog, o face e o instagram. Quase!

Não por falta de vontade, ideias de posts ou desleixo, mas por falta de TEMPO mesmo.

Tantas e tantas coisas aconteceram nesse interim que renderiam quase que textos diários. Mas parar pra escrever era algo absolutamente inalcançável por aqui.

Digamos que ter um bebê em casa é como um jogo de video game, a próxima fase é sempre mais difícil.

Quando estamos começando a nos adaptar com uma coisa, lá vem mais novidades. E tudo muda. Tudo mesmo. Até aqueles banhos que antes eram na banheira...

Nesses 4 meses passamos por muitas experiências. Eu, mais que nunca, aprendi a me virar sozinha - tive que colocar na gaveta meus medos e desejos mais profundos.

Aos 10 meses a Maysa se engasgou com um pedaço de saco de supermercado. Isso mesmo - um saco de supermercado. Desses que a gente coloca frutas e verduras, transparentezinhos.

Eu fui fazer uma vitamina pra ela, com pressa, tirei a fruta da sacola e joguei o saco no chão. Ele, leve, não caiu e parou no cercadinho dela. Eu só ouvi o choro. Não era um choro desesperador. Mas também não era natural. Virei de costas, olhei pra ela e vi o saco. Peguei e mais que depressa o vi aberto. Ela tinha um pedaço na boca.

Estava sozinha com ela casa. Meu pai mora do lado, graças a Deus.

Fiquei gelada dos pés a cabeça. Minha filha chorava. E no rosto dela eu via que ela estava assustada. Chovia. Corri com ela na chuva mesmo pra casa do meu pai. Eu gritava desesperada que ela tinha um saco na boca. Ela respirava normal. Não ficou roxa. As vezes parecia que tava tudo bem. Mas meu instinto de mãe dizia que não.

Fomos pra urgência e lá a enfermeira tirou o pedaço de saco que havia na boca. Eu tremi. Soube que muitas crianças morrem assim e engasgadas com balão. 

Fizemos um raio-x e ficamos em observação. Baixinho eu agradecia a Deus pela vida da minha filha.

Crianças cegam. Um instante que você tira o olho elas já aprontaram. Eles não tem discernimento nem senso de perigo. Então atenção redobrada.

Esse susto me fez parar com tudo. Eu simplesmente não podia mais está com ela e me ocupar com outra coisa. Eu nem mesmo olho o celular direito.

Nessa mesma semana ela pegou uma virose. Foram 4 dias de febre alta e moleza. Tudo isso coincidindo com a chegada de novos dentinhos. Ao fim da virose ela ficou toda empolada e eu sabia que estava melhorando ( a gente aprende depois que esse é um dos indicios ).

Foi um mês conturbado. Eu pensei: será que tenho fôlego pra ser mãe?

Nós adoecermos, ficarmos doentes é uma coisa. Mas os nosso filhos. Essas criaturinhas tão fofas e indefesas, não. Isso parte o coração.

Superamos, mas com uma lição enorme.

 Tá cada vez mais difícil tomar um banho, fazer um lanche ou conversar com alguém. Ela é o centro. E claro, isso se deve ao fato de ficar sozinha com ela o dia todo. Quem mora com mais gente em casa e tem ajuda é uma outra história.

Maysa agora desbrava a casa toda. Anda pra tudo que é lado. Aliás, começou a andar assim que fez um ano, mais precisamente um dia após a festinha.

Antes ela dava uns 4, 5 passinhos e desequilibrava. E ai foi so completar um aninho pra pegar o jeito.

E falando em jeito, não tem jeito - as quedas são inevitáveis. As batidas de boca, cabeça e testa. Não da pra ser um cercadinho ambulante enquanto eles andam. Bem que eu tentei. Mas isso tira a autonomia deles, a liberdade, a confiança. Não é errando que se aprende?

Confesso que na primeira batida de boca, aquela de cara no chão, eu disse que não deixava mais ela andar. Kkkkkkk Como eu podia fazer isso? Eu só queria que ela andasse sem se machucar. Mas isso n é possível. E nós n somos ruins por isso. Nós também levamos tombos quando pequenos e como levamos. 

Agora ja me adaptei mais. Até acho graça de quando ela se bate. Mas ó, eles não são bobos não. A Maysa apoia o cotovelo pra n bater a cabeça no chão, usa as maozinhas pra se proteger, afasta a cabeça pra tras quando vê que vai bater...

E inevitalmente toma mais de 4 banhos por dia pq só quer viver no chão. Não quer colo, não quer berço, não quer cercado nem nada. E aja mamãe correr atrás.

A casa tem brinquedo pra tudo que é lado. Cada brinquedo tem um nome. E ela sabe o nome de todos. Você pode chamar um a um que ela entrega a você.

Ela aprende muito rápido. Tá uma tagerela! Sempre tenta repetir a última palavra que chamamos. O vocabulário aumentou.  Bastam algumas repetições pra que ela diga também. E isso é mt mt gostoso - ensinar e ver teu filho aprender. Ver o esforço que ele faz pra se comunicar contigo.

Por outro lado, enfrentamos uma fase ruim na alimentação. Esses últimos dias ela não aceita nada, só quer ta no peito. Vez por outra come uma frutinha ou mingau.

Mas fomos a médica e está tudo ok. Ela passou um polivitaminico e ferro como suplemento alimentar. E pediu exames de rotina.

Hoje mandei a Maysa pra casa da vó, em geral, ela come bem quando vai pra la. Além da comida ser gostosa e a vovó fazer todos os gostos, ela tem mto jeito com isso. E de quebra eu ganho uma folga. Kkkkkk

E como eu aproveito essa folga? Colocando o blog em dia. Arrumando o guarda roupa. Me dando o luxo de tomar um banho demorado. Dormir um pouco. Assistir alguma coisa que queira e etc.

Agora que atualizei aqui, pretendo dar continuidade com textos menores e mais simples. Se eu escrever com frequência não vem textão e ai é mais fácil de dar conta. 

Será que consigo?

Beijos e até a próxima









Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.